Em 1997, Paul McCartney lançou o
disco Flaming Pie, composto enquanto sua esposa Linda, com quem foi
casado por quase 30 anos e dividiu palcos e estúdios durante toda a carreira solo, estava começando a perder a batalha para o câncer de mama. Genial como praticamente tudo que
realizou, o álbum tem, no entanto, um clima diferente de outros que
compõem sua discografia. No passado, ainda que algumas letras tenham trazido histórias melancólicas, como Eleanor Rigby, as características que sempre marcaram as canções de Paul são a alegria e o otimismo. No geral, Flaming Paul é um disco cinza. Dá pra sentir a tristeza em sua voz, nas
letras, nas melodias, na obra como um todo. Como verdadeiro artista, Paul não conseguiu e provavelmente nem tentou esconder o que
estava sentindo. E transformou sua dor em música honesta, bonita e eterna. Uma homenagem a Linda McCartney e à verdade de cada um.
quarta-feira, 5 de outubro de 2016
terça-feira, 4 de outubro de 2016
O mundo ideal
O
mundo ideal, em minha opinião, seria aquele em que ninguém conseguisse esconder
seus sentimentos. Em que as pessoas fossem incapazes de fingir gostar de alguém
quando, na verdade, sentem o contrário. E que o amor brilhasse nos olhos a
quilômetros de distância, ou acendesse em nossas frontes como luminosos em
neon. Que todas as intenções fossem claras como a luz do dia. E não envoltas em
sombras enganosas. Seria um mundo mais bonito. Menos perigoso. Menos traiçoeiro.
sábado, 1 de outubro de 2016
Todo mundo
Todo mundo às vezes se
sente com medo, vulnerável e pequeno. Todo mundo sente dor, calor e torpor.
Todo mundo sente fome e sede, não necessariamente de comida ou água. Todo mundo
às vezes se sente arrependido, enciumado e ensimesmado. Todo mundo acerta e todo
mundo erra. Com um pouco de sorte, todo mundo vai envelhecer e morrer.
Deveríamos nos amar mais.
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