O tempo nos ensina a amar. O tempo ou a
insuficiência dele. Quando começamos a perceber que não somos imortais como pensávamos
ser anos atrás, passamos a dar menos importância ao que não é amor. Um
presentinho bobo que sua mãe lhe traz da rua hoje significa imensamente mais do
que há duas décadas. Naquela época, riríamos e o jogaríamos de lado. Mas hoje
ela tem 80 anos. Então, seguramos o presente e o guardamos em local seguro,
como se fosse uma boia que nos salvará da dor inevitável da perda, o símbolo da
eternidade que desejamos e nunca teremos. Conforme vão passando os anos, o
tempo vai ensinando-nos a dar o valor devido à família, aos amigos e aos amores.
A quem amamos e a quem nos ama. Ele nos ensina que o único motivo pelo qual
estamos aqui é para amar. Porque amanhã ou depois, quando estivermos mortos, nenhuma
vaidade, nenhum orgulho, nada do que não seja amor nos definirá. Só o amor nos
guiará em direção à eternidade.
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