sexta-feira, 19 de junho de 2015

Vivendo na rede

A internet em geral, e as redes sociais em particular, vêm se tornando ferramenta cada vez mais comum para as pessoas exporem suas angústias e suas alegrias. É a tese do filósofo MacLuhan, segundo a qual "o meio é a mensagem", em sua forma mais viva. A facilidade de se expressar de maneira instantânea frequentemente faz com que as pessoas se coloquem nuas diante de milhares de estranhos, devido à sua ansiedade de se comunicar, colocar para fora aquilo que estava gritando dentro delas, e que acham que o mundo também deveria ouvir. 
Não é necessário mais dirigir quilômetros, levar uma carta ao correio ou dar um telefonema para expor ideias. Uma mensagem bem colocada no Facebook repercute mais do que um outdoor exposto durante 15 dias num ponto mal escolhido ou um artigo publicado em jornal de pequena circulação. 
Essa facilidade de se externar ideias mostra o lado bom e o ruim do ser humano, refletindo exatamente o que acontece na vida real. Tanto aqui como lá, podemos encontrar frivolidade, maldade e preconceito, assim como sensibilidade, solidariedade e poesia. Todo o espectro de cores com as quais fomos desenhados está em um e no outro espaço. Apenas ficou mais fácil demonstrar o que somos, seja para o bem ou para o mal. 
Mesmo os que sentem necessidade de vender aquilo que não são, também o fazem aqui fora. Em alguns casos, a rede pode até mesmo ajudar a desvendar algumas farsas, revelando muito sobre seus autores.
Tem muita gente na internet mostrando sua face mais sórdida, mas, isso eu vejo de longe, pois a maioria não está na minha "lista de amigos", seja aqui dentro ou lá fora. Do meu ponto de vista, enxergo essencialmente muitas pessoas procurando recomeçar e ansiando por um futuro melhor, ainda que entre um bocado de lágrimas e uma ou outra onda de desânimo. Em outras palavras, gente que está vivendo.

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