sábado, 6 de agosto de 2016

Falha congênita

Meu pai foi um grande jornalista. Amava escrever. Eu também amo escrever e isso é basicamente tudo que sei fazer. Por isso, também acabei virando jornalista. No entanto, nesse mundo em que milhões de reais são pagos a analfabetos que recitam versos sexistas em rede nacional de televisão, enquanto poetas e trovadores genuínos são relegados ao submundo da penúria, e diante da falência de minha atividade profissional, hoje considero meu dom uma falha congênita.

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