Falha congênita
Meu pai foi um grande jornalista. Amava
escrever. Eu também amo escrever e isso é basicamente tudo que sei fazer. Por
isso, também acabei virando jornalista. No entanto, nesse mundo em que milhões
de reais são pagos a analfabetos que recitam versos sexistas em rede nacional
de televisão, enquanto poetas e trovadores genuínos são relegados ao submundo
da penúria, e diante da falência de minha atividade profissional, hoje
considero meu dom uma falha congênita.
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