quarta-feira, 2 de abril de 2014

O inferno são os outros


Engraçado como são as coisas. Dependendo do tipo de matéria que se veicula, como por exemplo, aquela que desvenda planos sórdidos e corruptos de manutenção do poder pelo partido ao qual uma pessoa pertence, um veículo de comunicação pode ser rotulado por essa pessoa como participante do "PIG - Partido da Imprensa Golpista". 
Já quando o escândalo abordado se refere ao partido do outro - que nem sempre é o outro, já que muitas vezes este é aliado daquele, que se juntou aos demais e todos formam uma festiva ciranda para poucos - aí o veículo está "cumprindo seu papel social". Suas manchetes podem até mesmo ser utilizadas em época de campanha eleitoral, como forma de atacar os "inimigos sazonais". Nessas temporadas, a empresa chega a sair da lista do PIG, de forma bastante conveniente.
Esse negócio de "sou corrupto, mas ele é muito mais" pega muito mal, principalmente num País onde ainda tem gente morrendo em corredores de hospitais, esperando por atendimento médico, ou vivendo nas ruas, aguardando por qualquer tipo de alívio, que nunca virá.
Os "antigos" é que estavam certos, em seus ditados bastante simples, mas cheios de razão: quem não deve não teme.


(30 de outubro de 2012)

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